quarta-feira, 4 de maio de 2011

partes de um texto inacabável . . .


Eu precisei de um tempo pra ver sua verdadeira face, aquela mascara que você usava era tão bonita, era tão brilhante que ofuscava meus olhos da verdadeira personalidade que você tinha grudada nas paredes de suas veias. Uma insônia era o bastante para começar uma noite inteira de tristeza e abandono, tentando juntar aquele quebra cabeça de milhões de peças espalhadas sobre meu carpete vermelho com detalhes em ouro.
Sabe, eu percebi que por mais que eu lute, por mais que batalhe, que chore eu nunca vou te ter novamente ao meu lado. Palavras foram jogadas fora junto com uma guimba de cigarro já no filtro. Eu percebi que já estava viciado em você muito tarde e perdi meu curto tempo que me restava apreciando um monstro. Não o monstro de conto de fadas, não aquela criatura mitológica, mais um monstro que viveu ao meu lado e que falava palavras doces pra eu dormir e sempre senti um frio nas noites, mas nunca acordava. Pela manhã percebia minha pele gelada e você ao meu lado, me perguntava o porquê de minha pele estar com aquela aparência; no fundo no fundo eu sabia que você nunca esteve ali a noite toda, e antes da manhã chegar você conseguia entrar sem fazer barulho nenhum na minha vida.

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